O que os olhos não vêem o coração sente

A cada segundo, nas nossas residências e empresas estamos descartando coisas, resíduos que não tem mais utilidade para nós. É um ato quase automático, que muitas vezes gera uma sensação de finalização de um processo. No entanto, após ir para uma lixeira existe ainda um longo caminho para elas.  Muitas vezes ignoramos ou preferimos nem pensar sobre o que ocorre depois.

Dentre todos os tipos de resíduos existe um que representa praticamente 60% do que produzimos diariamente: o resíduo orgânico. E, é sobre ele que gostaria de falar com vocês. Todos os dias, toneladas de resíduos orgânicos são transportadas juntamente com outros tipos de resíduo nos chamados caminhões de lixo por longas distâncias até aterros sanitários (na melhor das hipóteses pois os lixões ainda são uma triste realidade!). São elevados gastos públicos com infraestrutura, logística e combustíveis além de danos ambientais causados pela poluição gerada e, é claro, o problema posterior da geração do chorume que pode contaminar os lençóis freáticos.

 Além da importância de reduzirmos a quantidade de resíduos que geramos, existe uma opção muito simples e eficiente para não somente reciclar o resíduo orgânico como também para obter como resultado dele um produto muito útil para nós.  Sim, estou falando da compostagem que não é nenhuma novidade, muito pelo contrário…. e ao alcance de qualquer um de nós. Podemos contratar empresas para recolher nossos resíduos para fazer a compostagem em áreas maiores, mas também podemos fazê-la em nossas casas e quintais fazendo pilhas de compostagem ou usando composteiras domésticas. Elas são muito acessíveis, eficientes, não dão mal cheiro ou transtorno! E ainda de quebra, ter o adubo orgânico como produto para usar nas nossas plantinhas.

A compostagem é uma atividade lúdica e educativa pois passamos a conhecer melhor os nossos hábitos alimentares e refletir sobre o que comemos e como melhorar nossa alimentação. É excelente para interagir com a criançada que fica curiosa com o processo e tem, na sua própria casa uma das melhores formas de educação ambiental: o exemplo! Podemos até muitas vezes não ver o que ocorre com os resíduos que descartamos, mas o fato é que eles continuam existindo e impactando nossas vidas.

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